Empresários suspeitos de sonegar R$ 5 milhões no DF são alvos de operação da polícia

Empresários suspeitos de sonegar R$ 5 milhões no DF são alvos de operação da polícia

A Polícia Civil investiga empresários de uma mesma família, no Distrito Federal, suspeitos de sonegar impostos e praticar lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, eles mantinham uma vida de luxo e ocultaram cerca de R$ 5 milhões de órgãos tributários.

No início da manhã desta quinta-feira (16), o grupo foi alvo da operação Makhfi, que cumpriu seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados à família. Não houve prisões.

As buscas ocorreram na casa dos investigados, além de empresas do ramo esportivo e em um escritório de contabilidade, todos localizados nas seguintes regiões:

  • Park Way
  • Lago Sul
  • Taguatinga

Lavagem de dinheiro

A investigação apontou que os empresários colocavam “testas de ferro” e “laranjas” no quadro de sócios dos estabelecimentos para “dissimular suas participações e ocultar o patrimônio da família”.

Se comprovada as suspeitas, o grupo deve responder pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Caso condenados, eles podem pegar até 23 anos de prisão.

A força-tarefa é dirigida pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) e contou com o apoio do Ministério Público e da Subsecretaria de Receita do DF. O objetivo é conseguir mais provas para dar continuidade à investigação e apreender bens que possam ressarcir os cofres públicos.

Patrimônio ‘blindado’

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o grupo colocava “laranjas” nas empresas que estavam com dívidas tributárias, para fechar os estabelecimento na sequência.

Também usavam familiares, que moravam no exterior, no quadro societário do comércio. O objetivo apontado pela investigação era inviabilizar uma eventual perseguição fiscal, cível e penal, além de “blindar” o patrimônio da família.

Durante as buscas, a polícia apurou que os investigados mantinham uma vida de luxo, com carros de alto valor e lotes em condomínios irregulares. Eles se aproveitavam de terrenos que não possuíam escrituras públicas, para executar a lavagem do dinheiro por sonegação fiscal.

“MakhfiI”, que dá nome à operação, é uma palavra árabe, e segundo a polícia faz alusão a algo escondido ou oculto.

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