Irmã de jovem morto pelo pai após briga no DF diz que família está em choque: ‘Eram muito amigos’

Irmã de jovem morto pelo pai após briga no DF diz que família está em choque: ‘Eram muito amigos’

A irmã de Jerzley Guedes, de 32 anos, morto com um tiro no peito pelo próprio pai após uma briga, na madrugada desta quarta-feira (28), no Distrito Federal, diz que a família ainda tenta entender o que aconteceu. Ana Guedes, de 19 anos, acredita que o crime ocorreu por influência do consumo de bebida alcoólica e diz que pai e filho “eram muito amigos” .

O homicídio foi por volta de 0h30, na QNN 12, em Ceilândia, no apartamento onde a vítima morava. A Polícia Militar disse que, quando a equipe chegou ao local, Jerzley já estava morto. O pai, Marcelo Guedes, de 50 anos, estava com a arma na mão ao lado do corpo do filho. Ele foi preso em flagrante.

“Quem convivia com os dois sabe que nenhum tinha perfil agressivo. Os dois estavam alcoolizados. A discussão foi por motivos de família. Trabalhamos juntos e sempre temos esses problemas, de [questão] profissional que acaba trazendo para o [lado] pessoal”,

“Foi um choque muito grande, porque a gente não esperava. A gente vivia muito tranquilamente”, continua. Jerzley deixa a esposa e um filho de 6 anos.

O caso foi registrado na 15ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia. Os investigadores informaram que a arma era da própria vítima e que as investigações vão verificar se a pistola .380 apreendida é registrada legalmente.

“Essa arma tem todos os requisitos legais. Meu irmão tinha o porte de arma e mantinha ela guardada dentro do escritório, para caso de emergência”, diz a irmã.

“Só que como os dois estavam alcoolizados e a discussão chegou em um nível mais elevado, acabou que em um certo momento eles pegaram essa arma que ficava dentro de um cofre. Ela era travada, a gente até evitava deixar munição perto até porque nós da família somos contra a utilização da arma”, explica Ana.

Segundo a irmã da vítima, a mulher de Jerzley estava no local na hora da discussão, mas saiu do apartamento para pedir ajuda ao perceber que os ânimos estavam mais acirrados.

A polícia informou que ela não prestou depoimento, por estar com o emocional abalado. Na delegacia, o pai preferiu permanecer em silêncio. O caso é investigado como homicídio.

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