Há 15 anos, o ciclista Pedro Davison foi atingido por um motorista bêbado que fugiu sem prestar socorro na Asa Sul, em Brasília. O biólogo tinha 25 anos à época e, é em memória a ele, que 19 de agosto marca o Dia Nacional do Ciclista.
O acidente de “Pedrinho”, como era chamado pelos amigos, aconteceu no dia do aniversário da filha, Luiza Davison, que completa 23 anos nesta quinta-feira (19). Ao G1, ela conta que carrega o legado do pai.
“Ele via a bicicleta como um símbolo de liberdade, como o futuro da nossa relação com a cidade, com respeito às pessoas na rua. Não precisava dessa tragédia, mas é reconfortante ver como a voz dele ecoou com a mensagem que ele deixou”, diz Luiza.
A jovem, que é atriz, protagoniza um curta-metragem produzido em Brasília, que provoca reflexões sobre a construção de ciclovias e lembra a vida de Pedro – que representa diversas outras vidas perdidas nas mesmas circunstâncias. “Lulu vai de bike” está disponível em uma plataforma online e será exibido, de graça, em um evento que celebra o Dia do Ciclista nesta noite, em Brasília.
Pedro Davison tinha paixão por pedalar. “Ele amava a bicicleta. Tinha um carro, mas preferia a bicicleta, usava tanto para o esporte, quanto para o lazer”, conta Luiza.
A filha de Pedrinho tinha apenas 8 anos quando perdeu o pai, mas guarda lembranças especiais. “Meu pai era uma pessoa com muita energia e muita presença. Quando entrava em um espaço era muito difícil não notar”, recorda.
A jovem conta que, após o acidente, a família foi acolhida pela ONG Rodas da Paz, que defende ciclistas nas políticas de mobilidade e, entre outras ações, colocou uma bicicleta branca – “ghost bike” – no local onde Pedro perdeu a vida (veja abaixo).