Plano multidisciplinar de políticas públicas para mulheres é lançado pelo GDF

Plano multidisciplinar de políticas públicas para mulheres é lançado pelo GDF

Mais de 2,5 mil mulheres brasilienses pediram autonomia econômica e fim da violência de gênero. As demandas constam do segundo Plano Distrital de Políticas para as Mulheres, apresentado pela Secretaria da Mulher na manhã dessa quinta-feira (7), em evento no Palácio do Buriti.

De acordo com a secretária Ericka Filippelli, o conjunto de sugestões e requerimentos deve orientar políticas públicas do poder executivo local a partir do próximo ano.

“É um documento estratégico que vai ser balizador se políticas públicas, publicação de leis, monitoramento de ações governamentais que orçamentárias ou não, vai ser muito estratégico. E nasce com esse aspecto inovador que traz a participação social”, ponderou a secretária.

As demandas e propostas de políticas públicas sugeridas por órgãos do governo, ONGs (Organizações Não-Governamentais) e pela sociedade civil foram organizadas pela Codeplan em nove eixos, e podem ser incluídas no próximo Plano Plurianual 2023-2026. Ao contrário do plano lançado no ano passado, o atual buscou a opinião de moradoras da cidade. A intenção é combater desigualdades de gênero e discriminação.

Um Comitê de Monitoramento vai fiscalizar se as metas elencadas no plano foram cumpridas. Entre as ações propostas estão a elaboração de uma linha de crédito especial que viabilize a participação das mulheres no mercado, enfrentamento a violência pela conscientização de estudantes em escolas, com conscientização de homens para prevenir agressões.

Uma das preocupações é em relação à violência de gênero, que assola a população feminina no Distrito Federal, sobretudo em meio à pandemia de Covid-19. Apenas no primeiro semestre de 2021, foram registrados 16 casos de feminicidio pela Secretaria de Segurança Pública, o dobro das notificações do mesmo período de 2020.

Ericka Filippelli ressaltou que a pasta implementou o canal “Proteja-se”, atrelado ao Disque 180, para que as denúncias de agressão sejam atendidas diretamente pela polícia do Além disso, em maio desse ano, o relatório produzido pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Feminicídio da Câmara Legislativa apontou falhas na rede de proteção às mulheres, em razão da falta de integração dos órgãos de governo nesse serviço, e destacou a subnotificação de casos de violência.

 

by: VANESSA DA COSTA

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