Velório de Gal Costa será aberto ao público em SP

Velório de Gal Costa será aberto ao público em SP

O velório da cantora Gal Costa será aberto ao público e acontecerá em São Paulo (SP). A cantora morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos, em sua casa na capital paulista.

A cerimônia acontecerá no dia 11 de novembro, sexta-feira, das 9h às 15h, na Assembleia Legislativa de São Paulo. A Alesp fica em Moema, em frente ao Parque do Ibirapuera.

O enterro será fechado para amigos próximos e familiares.

Gal estava com a agenda de shows suspensa após passar por uma cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita. Ela cancelou apresentações no Primavera Sound e no festival NovaBrasil e adiou uma apresentação no Rio de Janeiro, no final de setembro.

Em 18 de setembro, ela se apresentou no Coala Festival, em São Paulo, onde dividiu o palco com Tim Bernardes e Rubel.
Uma das principais intérpretes da música brasileira, Maria das Graças Penna Burgos nasceu em Salvador em 26 de setembro de 1945. Ela fez sua estreia em 1964, quando chamou atenção por seu cantar rasgado no espetáculo “Nós, Por Exemplo…” ao lado de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia -juntos, formariam a banda Doces Bárbaros na década de 1970, um divisor de águas em sua carreira.

Sua primeira gravação foi o dueto “Sol Negro”, no disco de estreia de Maria Bethânia. Seu primeiro disco solo, “Gal Costa”, foi lançado em 1969, após trabalhos em conjunto com Caetano e Gil, e trouxe sucessos, como as músicas “Baby”, “Divino Maravilhoso”, “Que Pena” e “Não Identificado”.

No final da década de 1970, ela se distanciou do repertório roqueiro e se consagrou como uma intérprete de MPB ao lançar “Gal Tropical”, disco com um dos seus maiores sucessos: “Balancê”, “Força Estranha”, “Índia” e “Meu Nome é Gal”.

Com mais de 50 anos de carreira, foi responsável por eternizar músicas de compositores como Gil, Caetano, Luiz Melodia, Jards Macalé e Cazuza, além de trilhas de novelas da TV Globo, como “Modinha para Gabriela”, na clássica “Gabriela” (1975), “Tigresa” em “Espelho Mágico” (1977), “Meu Bem, Meu Mal” em “Brilhante” (1990), “Brasil” em “Vale Tudo” (1988) e “Ruas de Outono” em “Paraíso Tropical” (2007).

Após completar 70 anos, Gal se manteve ativa musicalmente e passou a gravar nomes da nova MPB. Com os álbuns “Estratosférica” (2015) e “A Pele Do Futuro” (2018), a artista conquistou um público mais jovens e voltou a ser requisitada em festivais pelo país. Seu mais recente é álbum é “Nenhuma Dor”, (2021), que traz duetos com Criolo, Tim Bernardes, Zé Ibarra, Silva, Seu Jorge e Rubel.

“Não criamos esse projeto com o objetivo de virar um álbum de carreira, foi um disco feito para trazer alegria para o público. É muito gratificante saber que esse disco pode levar um conforto, uma leveza para quem gosta e se conecta com o meu trabalho”, disse em entrevista ao site UOL.

Reservada em relação à vida pessoal, Gal foi casada com o músico Marco Pereira entre 1991 e 1992. Em 2007, adotou seu filho único, Gabriel, na época com 2 anos. Pela rapidez do processo, a cantora foi acusada de furar a fila de adoção pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mas negou: o menino, que tinha raquitismo, já havia passado por três abrigos para crianças sem ser adotado, por estar fora do padrão de crianças procuradas para adoção. Na época, Gal divulgou uma nota dizendo que Gabriel “é um brasileiro típico, caboclo, subnutrido, raquítico e com sérios problemas de saúde” e que “ama a criança como filho”.

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