Em coletiva de imprensa, em Bacabal (MA), o petista afirmou que sabe o que “o povo passa”. “Depois, a chuva ia embora e você tinha que ficar tirando um palmo e meio de lama, com sanguessugas pegando na canela. Deixar a casa, os móveis, às vezes não ter tempo de tirar, perde tudo o que tem. Perde geladeira, fogão, cama, colchão”, completou.
Mais cedo, Lula sobrevoou cidades maranhenses, como Trizidela do Vale e Pedreira. Na comitiva estão os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Waldez Goés (Integração e Desenvolvimento Regional), Luiz Marinho (Trabalho e Previdência) e Jader Filho (Cidades).
Durante a coletiva, Lula afirmou que esteve em Bacabal em 2009, na época em que o Maranhão era governado por Roseana Sarney. “Estive aqui na mesma enchente, no mesmo rio, numa demonstração de que, quando a gente mora perto do rio, não tem jeito, a gente vai sofrer enchente quando a chuva for demais. Às vezes, a gente fica chateado, mas temos que agradecer a Deus pelas chuvas, porque muitas vezes o Brasil está precisando de chuva”, afirmou o petista.
Apesar da declaração, Lula garantiu que o Executivo não faltará, “em nenhuma hipótese”, com as necessidades do governo do Maranhão e, “sobretudo, das pessoas que estão vivendo em situação muito desagradável, como aquelas que tiveram sua casa alagada”.
Estado de emergência
Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão, são mais de 60 municípios em estado de emergência. Mais de 35 mil maranhenses foram afetados, sendo que 7.500 deles estão sem abrigo. De acordo com a corporação, seis mortes já foram confirmadas em decorrência dos desabamentos e das enchentes em diversos lugares desde que as chuvas começaram, em março.
Equipes do Corpo de Bombeiros, das prefeituras, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e da Sedes (Secretaria de Desenvolvimento Social) realizam operação para auxiliar as vítimas no interior do Maranhão. Além de cestas básicas, garrafas de água e colchões foram enviados para as regiões mais afetadas.