CPI dos Atos Golpistas vota primeira convocação nesta terça-feira(13)
Nesta terça-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas vai se reunir para votar os primeiros pedidos de convocação e convite para depoiomento de nomes relacionados aos ataques do dia 8 de janeiro de 2023. Naquele dia, vândalos invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
O deputado Arthur Maia, presidente da CPI, pautou 285 pedidos dos parlamentares, sendo 62 de autoria de Eliziane Gama, a senadora relatora.
De acordo com o plano de trabalho apresentado na última semana, Eliziane propôs serem ouvidas 37 pessoas, dentre elas, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Anderson Torres, que era o secretário de Segurança Pública do DF em 8/1, e ex-ministros. Confira a lista:
- Adauto Lucio de Mesquita – empresário suspeito de ser financiador;
- Ainesten Espírito Santo Mascarenhas – empresário suspeito de ser financiador;
- Ailton Barros – ex-major próxmo de Bolsonaro;
- Alan Diego dos Santos – condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto;
- Albert Alisson Gomes Mascarenhas – suspeito de participar dos atos;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
- Antônio Elcio Franco Filho – coronel e ex-integrante do governo Bolsonaro;
- Argino Bedin – empresário suspeito de ser financiador;
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI;
- Diomar Pedrassani – empresário suspeito de ser financiador;
- Edilson Antonio Piaia – empresário suspeito de ser financiador;
- Fábio Augusto Vieira – ex-comandante da PMDF;
- Fernando de Souza Oliveira – ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
- George Washington de Oliveira Sousa – condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto;
- Gustavo Henrique Dutra de Menezes – ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP);
- Jeferson Henrique Ribeiro Silveira – motorista do caminhão-tanque onde foi colocada a bomba;
- Jorge Eduardo Naime – ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal
- Jorge Teixeira de Lima – Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- José Carlos Pedrassani – suspeito de ser financiador;
- Joveci Xavier de Andrade – suspeito de ser financiador;
- Júlio Danilo Souza Ferreira – ex-secretário de segurança do DF;
- Leandro Pedrassani – suspeito de ser financiador;
- Leonardo de Castro Cardoso – Diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal;
- Marcelo Fernandes – Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- Márcio Nunes de Oliveira – ex-Diretor-Geral da Polícia Federal;
- Marco Edson Gonçalves Dias – ex-Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
- Marília Ferreira de Alencar – então Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Mauro Cesar Barbosa Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Milton Rodrigues Neves – Delegado da Polícia Federal;
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra – coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF;
- Ricardo Garcia Cappelli – ex-ministro interino do GSI;
- Roberta Bedin – suspeita de ser financiadora;
- Robson Cândido da Silva – Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- Silvinei Vasques – ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal;
- Wellington Macedo de Souza – suspeito de envolvimento no episódio da bomba;
- Valdir Pires Dantas Filho – Perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Testemunhas convocadas por uma CPI são obrigadas a comparecer para prestar esclarecimentos. E além dessas convocações, também pode ser votado hoje o compartilhamento de provas e informações, como a disponibilização dos dados extraídos pela PF dos celulares de Bolsonaro, Cid e de outros, assim como documentos da Abin, do GSI, do STF e de redes sociais.
Arthur Maia vai se reunir com o ministro Alexandre de Moraes na tarde de hoje, e oito pedidos de compartilhamento de informações estão pautados para este encontro.
CPI da CLDF
A CPI realizada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) já está em andamento há quatro meses, e chegou a ter uma reunião com o ministro Moraes, que se comprometeu a enviar documentos não sigilosos ao colegiado, o que ainda não aconteceu.