Aedes aegypti: cuidados de vigilância ajudam a manter baixos índices de criadouros no DF
Fortalecendo as ações de controle do Aedes aegypti no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) registrou dado satisfatório na inspeção de locais que podem servir para procriação do mosquito. O novo boletim de Levantamento Rápido de Índice de Infestação do mosquito Aedes Aegypti (LIRAa), divulgado bimestralmente, aponta classificação de baixo risco, com Índice de Infestação Predial (IIP) total de 0,5%.
O cenário favorável no DF – que inclui queda brusca, de cerca de 65%, nos casos prováveis de dengue em 2023 – é resultado, principalmente, do trabalho diário que os agentes de vigilância ambiental realizam em todas as regiões, com monitoramento e adoção de estratégias específicas em cada localidade. Outro fator que contribuiu para a queda tanto dos índices epidemiológicos quanto de infestação foi o período de seca, época em que a proliferação do mosquito é menos favorável.
Além disso, a pasta reforça que o apoio da população é fundamental no combate a dengue e a outras doenças causadas pelo Aedes aegypti. O diretor de Vigilância Ambiental, Jadir Costa Filho, lembra que todos devem continuar atentos aos cuidados de prevenção, mesmo na estiagem.
“A dengue tem uma sazonalidade aqui no DF por conta da seca, mas talvez esse seja o principal momento para ficar em alerta. Precisamos permanecer atentos para que, quando chegar o período chuvoso, os índices não alcancem níveis críticos”, explica.
Dados coletados
A Região de Saúde Sudoeste, composta por Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires, apresentou o menor índice de infestação (0,19%). Já a Região de Saúde Central, que abrange Asa Sul, Asa Norte, Cruzeiro, Lago Norte, Varjão e Vila Planalto, teve o maior IIP (1,17%).
O último LIRAa foi realizado no DF entre 22 e 26 de maio. Ao todo, 26.241 imóveis das 35 regiões administrativas foram vistoriados. Desse total, apenas 132 residências registraram a presença de depósitos para as larvas do mosquito.
No total, 27 (77,1%) regiões administrativas ficaram com IIP de baixo risco e 8 (22,9%) apresentaram IIP de médio risco. Todas as localidades que apresentaram médio risco receberam ações intensificadas ao longo do mês de junho visando diminuir a presença dos mosquitos e eliminando os possíveis depósitos.
O Índice de Infestação Predial (IIP) reflete o percentual de imóveis positivos – com presença de larvas de Aedes aegypti. É estimado pela razão entre o número de imóveis positivos e o número de imóveis pesquisados, dado em porcentagem, e é classificado em três categorias: satisfatório (baixo risco), alerta (médio risco) e risco de surto.
Cuidados
É importante vistoriar as residências em busca de espaços que possam abrigar as larvas do mosquito. O boletim apontou que os principais depósitos para proliferação do Aedes Aegypti são vasos e/ou frascos com água, prato, pingadeira, recipiente de degelo de refrigeradores, bebedouros e pequenas fontes ornamentais.
O diretor da Vigilância Ambiental ressalta que é preciso vistoriar todos os espaços das casas. “É importante investigar outros possíveis depósitos de proliferação das larvas, como caixas d’água, calhas, recipientes de água de cachorro, qualquer coisa que esteja em nosso terreno e no entorno das nossas casas”, enumera.
A orientação é que a vistoria ocorra semanalmente pelos proprietários e inquilinos dos imóveis em busca de recipientes ou situações que favoreçam o acúmulo de água. Caso seja identificado um possível criadouro do Aedes Aegypti, é necessário informar a Vigilância Ambiental em Saúde por meio do telefone (61) 2017-1343 ou no Disque-Saúde 160.