Diretor do Museu Nacional de Brasília, Charles Cosac pede demissão
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) confirmou nesta sexta-feira (6) que o editor Charles Cosac deixou o cargo de diretor do Museu Nacional de Brasília. Segundo a pasta, ele pediu demissão.
A Secec afirma que o posto será assumido pela servidora Marcela Mota, que já atua no museu. A pasta não informou detalhes sobre os motivos que levaram à saída de Charles Cosac.
Concebido por Oscar Niemeyer e inaugurado em 2006, o Museu Nacional de Brasília fica na Esplanada dos Ministérios – perto da Catedral Metropolitana, da Biblioteca Nacional de Brasília e do Teatro Nacional Claudio Santoro.
Cosac assumiu o cargo em janeiro do ano passado, a convite do então secretário de Cultura, Adão Cândido, que foi exonerado em dezembro de 2019. Em entrevista ao G1 à época, ele querer que o museu tivesse uma “voz” e não fosse “hospedador de exposições que não têm para onde ir”.
Perfil
Charles Cosac ficou famoso no país em razão da empreitada com o cunhado, Michael Naify. A editora da dupla, Cosac Naify, ganhou espaço no mercado literário pelo cuidado de curadoria, edição e projeto gráfico.
A empresa surgiu em 1997 e fechou as portas em 2015. Na época, Cosac atribuiu o encerramento à crise editoral, à alta do dólar e a outros fatores de conjuntura. “A editora não está falindo, mas encerrando, e esse é um direito que me cabe”, dizia um comunicado enviado aos funcionários.
Em janeiro de 2017, o editor assumiu a diretoria da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, onde ficou por um ano. A saída foi anunciada pouco antes de ele se tornar o gestor do museu e justificada pela troca de cargos no governo municipal paulistano.
De acordo com a Wikipédia, Charles Cosac tem formação em teoria e história da arte, com estudos na Inglaterra e na Rússia. Além disso, é colecionador de arte sacra e já recebeu prêmios nacionais, tanto pela Cosac Naify, como pelo trabalho individual de curadoria e em outras áreas da cultura.