GDF altera regras para descarte de lixo durante pandemia; veja o que muda
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) publicou novas regras para o descarte de lixo na capital. As medidas foram divulgadas no Diário Oficial (DODF) e valem enquanto durar a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a resolução, ao descartarem resíduos sólidos, os moradores terão que colocar o lixo ou recicláveis em um “saco plástico descartável resistente” e encher apenas 2/3 da capacidade da sacola. O objetivo, segundo o texto, é reduzir os riscos de contaminação para garis que trabalham nas ruas.
Além disso, passa a ser obrigatório o uso de outro saco plástico resistente para impedir que o lixo se espalhe na hora da coleta. A medida também proíbe o descarte de resíduos soltos em caixas ou contêineres.
A norma ainda mantém suspensas as atividades de coleta seletiva de recicláveis até o fim da vigência das medidas de enfrentamento à Covid-19, determinadas pelo governo do Distrito Federal.
O G1 entrou em contato com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e, até a publicação desta reportagem, aguardava um posicionamento do órgão.
Coleta em condomínios
De acordo com a resolução da Adasa, nos casos da coleta de porta a porta, os sacos deverão ser colocados no horário mais próximo recolhimento. Em condomínios, os contêineres deverão ser higienizados com produtos desinfetantes.
O órgão também fez um estudo sobre o tempo de permanência do vírus em determinadas superfícies. Confira:
Tempo de permanência do coronavírus nas superfícies
- Aço – 48 horas
- Plástico – 5 dias
- Silicone – 5 dias
- Vidro – 4 dias
- Cerâmica – 5 dias
- PVC – 5 dias
- Metais – 5 dias
- Papel – 4 a 5 dias
- Madeira – 4 dias
- Alumínio – 2 a 8 horas
- Látex – 8 horas
- Teflon – 5 dias
Proteção dos agentes de limpeza
O texto diz que o SLU deve garantir e reforçar o fornecimento de equipamentos de proteção individuais (EPIs) e coletivos aos garis. O órgão terá que fornecer álcool em gel 70% aos agentes e promover um treinamento para evitar o risco de contaminação durante as coletas.
Os veículos de coleta deverão ser higienizados diariamente e os resíduos sólidos que chegarem ao aterro sanitário terão que receber uma cobertura imediata para evitar qualquer proliferação do vírus.
De acordo com a Adasa, as recomendações foram construídas com base em estudos de entidades nacionais e internacionais que comprovam a persistência do vírus em superfícies, e estão sendo intensificadas, diante das previsões de risco de contaminação mais agressiva nas próximas semanas.