GDF permite que estudantes de cursos de saúde retomem estágios para ajudar no combate à Covid-19

GDF permite que estudantes de cursos de saúde retomem estágios para ajudar no combate à Covid-19

O governo do Distrito Federal autorizou a retomada dos estágios obrigatórios – os internatos – por estudantes do último ano de cursos de graduação em saúde. O objetivo é que eles comecem a atuar no combate à pandemia do novo coronavírus, a partir desta segunda (18).

Desde o dia 1º de abril, esses estágios estavam suspensos por decreto do GDF, que interrompeu aulas e atividades presenciais em todas as instituições de ensino da capital.

A retomada atinge alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, que poderão voltar a atuar nas unidades de saúde do DF.

Segundo o decreto, as instituições de ensino ficarão responsáveis por fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a seus respectivos alunos. Também devem orientá-los sobre o uso adequado desses materiais.

À reportagem, a Secretaria de Saúde (SES-DF) informou que “este retorno dos estudantes será de forma ordenada e segura com o objetivo de que possam se formar e atuar no enfrentamento não só da Covid-19, mas de todas as necessidades de saúde da população”.

Programa federal

A SES-DF disse também que a retomada dos estágios obrigatórios na capital não tem relação com o programa “Brasil Conta Comigo”, anunciado pelo Ministério da Saúde em março. A iniciativa causou polêmica ao conceder pontuação extra aos participantes nas seleções para residência em medicina.

Segundo a Secretaria de Saúde, a retomada dos internatos pelo GDF “não faz referência à pontuação adicional para aproveitamento no processo seletivo da residência médica”.

“Os estudantes do último ano dos cursos da Escs, por exemplo, cumprem as atividades nos hospitais, como no hospital de Base, e nos Núcleos de Estratégia de Saúde da Família. Essas atividades fazem parte do currículo da instituição Escs e, portanto, não levam a bonificação”, afirma.

A iniciativa do governo federal tem caráter “excepcional e temporário” e prevê que alunos no último ano do curso sejam alocados em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, rede hospitalar e comunidades.

A atuação deve ser exclusiva nas áreas de clínica médica, pediatria, saúde coletiva e apoio às famílias. À época, a iniciativa levantou críticas de alunos, que alegaram prejuízo a estudantes impossibilitados de participar do programa, como os que estão no grupo de risco para a Covid-19.

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