Estudante do DF é única brasileira em Grupo Consultivo da ONU sobre mudança climática
Paloma Costa Oliveira, de 28 anos, foi nomeada para participar de Grupo Consultivo da Juventude sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (ONU). A estudante de direito e ciências sociais irá aconselhar o secretário-geral António Guterres sobre o clima pós pandemia do novo coronavírus.
Em 2019, Paloma participou e discursou na Cúpula do Clima da ONU em Nova York, nos Estados Unidos, ao lado da ativista sueca Greta Thunberg. Ela também esteve nas conferências climáticas das Nações Unidas na Polônia e em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
O secretário-geral da ONU foi quem escolheu os jovens para integrar o novo Grupo Consultivo da Juventude sobre Mudança Climática. Paloma é a única brasileira e vai fazer parte de um grupo com outros seis ativistas de diferentes países: Sudão, Índia, França, Estados Unidos, Moldávia e Fiji.
Ao G1, a estudante contou que quando recebeu se sentiu honrada, orgulhosa e também com uma dose extra de responsabilidade. “Eu senti muito o peso da responsabilidade que essa oportunidade acarreta”, afirma.
“Tenho o dever e a obrigação de levar as vozes da juventude e também de abrir espaço para outras próximas juventudes.”
Envolvimento com preservação ambiental
Paloma Costa Oliveira, de 28 anos, com cartaz sobre a Amazônia, nos Estados Unidos — Foto: Paloma Costa Oliveira/Arquivo pessoal
Paloma conta que o seu envolvimento com a preservação ambiental começou em 2015. Naquele ano, ela fez um estágio no Instituto Socioambiental, no Distrito Federal. Dois anos depois, passou a integrar uma organização que abrange jovens de todo o Brasil, chamada de “Engajamundo”.
“Eu venho dessa trajetória de ativista socioambiental desde pequena. É uma forma de se entender como um ser político, coletivo”, afirma a estudante.
“Eu não me vejo fazendo outra coisa que não seja lutando por isso”, diz Paloma.
Para a ativista socioambiental, lutar pelo clima é fundamental para garantir a vida das futuras gerações. “Devemos lutar por uma justiça climática de verdade, por um meio ambiente que é coletivo. Isso é lutar pela própria vida, é lutar por nossa existência, é lutar para libertar o nosso futuro e permitir que a gente tenha uma possibilidade de futuro”, aponta.
Reuniões com a ONU
Paloma conta que as reuniões com os integrantes do grupo começaram no dia 27 de julho. No entanto, o encontro com o secretário-geral António Guterres ainda não ocorreu.
A estudante explica que, por ser o primeiro grupo de aconselhamento sobre o clima das Nações Unidas, o seu papel é como ” um álbum em construção”. Os ativistas contam com o suporte da equipe de ação climática da ONU.
“Eu vejo que está tendo um espaço muito colaborativo, de muito entendimento, de eles entenderem quais são as nossas demandas, nossas necessidades e o que a gente gostaria de ver “, afirma.