Casa do Cantador, um símbolo das tradições nordestinas no DF
Nesta terça-feira (13), comemora-se o Dia do Cantor, data que, quando relacionada ao Distrito Federal, proporciona lembranças de diferentes localidades ao cidadão candango. Uma delas é a Casa do Cantador, localizada em Ceilândia e considerada um marco histórico e artístico das tradições nordestinas no DF.
A Casa do Cantador surgiu, primeiramente, por conta da necessidade dos artistas locais em ter um espaço destinado à manifestação da arte e cultura nordestina. Em meados dos anos 1980, um grupo de poetas, cordelistas, sanfoneiros e vários apologistas do repente procurou o então governador José Aparecido para reivindicar a construção de um ambiente onde os artistas pudessem se encontrar e promover apresentações.
Com o passar dos anos, a Casa do Cantador cresceu e se consolidou como uma referência. “A Casa do Cantador é uma joia de Oscar Niemeyer cravada no território de Ceilândia, marcada pela alegria e a resistência do povo nordestino, que tem, na canção popular, uma das suas maiores expressões”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “É um templo de encontro de gerações vindas do Nordeste com gerações nascidas no DF e embaladas pela música dos trovadores populares, os repentes, as emboladas, as toadas de feira. É uma casa de todos nós brasileiros”.
A arquitetura foi inspirada, segundo frequentadores, na música Asa Branca, de Luiz Gonzaga, que compareceu à inauguração da Casa do Cantador, em novembro de 1986. Logo na entrada, representando a paixão do povo pela música, encontra-se a obra Cantador Anônimo, do poeta e escultor cearense Alberto Porfírio.
Leia também
Casa do Cantador traz Campeões do Repente
Atualmente, a Casa do Cantador está com as atividades suspensas por tempo indeterminado, em decorrência da pandemia de covid-19. Assim como demais estabelecimentos comerciais de movimento no DF, o local poderá ter o funcionamento retomado gradativamente, dentro das medidas de segurança, à medida que a vacinação avance no DF.
*Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal