Casos de homicídio, latrocínio e estupro caem no DF, de janeiro a julho de 2021, diz SSP
Crimes violentos como homicídio, latrocínio e estupro tiveram queda nos primeiros sete meses de 2021, no Distrito Federal. Os dados constam no balanço mais recente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Os casos de latrocínio – roubo seguido de morte – foram os que mais apresentaram queda. De janeiro a julho deste ano, foram 11 crimes dessa natureza. Em igual período do ano passado, foram 21 casos registrados, ou seja, houve redução de 47%.
Na mesma comparação, os casos de homicídio caíram 13%. No ano passado, foram 222 vítimas e, este ano, as delegacias da capital computaram 192 pessoas assassinadas.
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Em relação aos estupros, a redução foi de 11%. Este ano, 312 pessoas foram vítimas desse crime na capital. No ano passado, foram 353 casos contabilizados pelas forças de segurança. Veja os números:
Crimes no Distrito Federal
| Ocorrências | 2020 | 2021 |
| Homicídio (vítimas) | 222 | 192 |
| Latrocínio (vítimas) | 21 | 11 |
| Lesão corporal seguida de morte | 3 | 4 |
| Tentativa de homicídio | 430 | 389 |
| Tentativa de latrocínio | 82 | 105 |
| Estupro | 353 | 312 |
| Furto a transeunte | 1.142 | 1131 |
Entre os “crimes violentos letais intencionais”, apenas ocorrências de lesão corporal seguida de morte cresceram em 2021, com quatro casos registrados – o que representa uma alta de 33%. No ano passado foram três registros.
Além disso, as ocorrências de tentativa de latrocínio cresceram 28%. Nos primeiros sete meses de 2020 foram 82 casos e, este ano, o número passou para 105.
Entre os casos violentos registrados em 2021, está o assassinato de quatro membros da mesma família em Ceilândia. O caso ocorreu em 9 de junho, e o suspeito, Lázaro Barbosa, de 32 anos, morreu em confronto com policiais militares de Goiás, após 20 dias de perseguição
Além dos crimes contra a vida, a SSP-DF também divulgou dados das ocorrências contra o patrimônio. Segundo a pasta, por dia, o Distrito Federal registrou uma média de 47 casos de roubo a pedestres, delito com maior quantidade de ocorrências na capital.
Ao todo, foram 9.878 roubos a transeuntes registrados de janeiro a julho. No ano passado, foram 12.451 em igual período, uma redução de 20%.
Em relação aos crimes contra o patrimônio, todos tiveram queda. Veja abaixo:
Crimes contra o patrimônio
| Ocorrências | 2020 | 2021 |
| Roubo a pedestres | 12.451 | 9.878 |
| Roubo de veículo | 1.426 | 1.207 |
| Roubo em transporte coletivo | 620 | 346 |
| Roubo em comércio | 598 | 550 |
| Roubo em residência – | 256 | 220 |
| Furto em veículo | 4.215 | 3581 |
Entre os crimes de assalto registrados em julho, está um roubo a uma loja de celulares no Shopping Popular de Ceilândia. Assaltantes invadiram o estabelecimento e fugiram com 10 aparelhos (veja vídeo mais acima). Eles foram presos dois dias após o crime.
Chacina em Ceilândia, perseguição e morte
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Cláudio Vidal, Cleonice Marques, Gustavo Vidal e Carlos Eduardo Vidal foram mortos por Lázaro Barbosa — Foto: Arquivo pessoal
Em junho, o assassinato de quatro pessoas da mesma família marcou o país. Lázaro Barbosa é apontado como principal suspeito de cometer o crime, em 9 de junho, no Incra 9, em Ceilândia. Segundo investigação da Polícia Civil, ele invadiu uma chácara e assassinou Cláudio Vidal, de 48 anos, e os dois filhos dele, Gustavo Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Vidal, de 15.
A esposa de Cláudio e mãe dos jovens, Cleonice Marques, de 43 anos, foi sequestrada pelo suspeito e encontrada morta três dias após o crime. Em 29 de junho, a Polícia Civil do DF divulgou que a mulher foi assassinada com tiro no crânio e que há indícios de que tenha sofrido violência sexual.
Após a morte da família no DF, Lázaro invadiu diversas chácaras, fez uma série de reféns e deixou pelo menos quatro pessoas feridas. Ele passou 20 dias foragido e mais de 200 agentes de forças de segurança do DF, de Goiás e federais participaram da operação para encontrá-lo.
