Advogado que atropelou mulher em briga de trânsito deve voltar para cela comum da Papuda após decisão da justiça do DF
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu, na tarde desta quinta-feira (23), que o advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem deve ficar em uma cela comum do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
O advogado está preso preventivamente e é réu por tentativa de homicídio qualificado, após ter atropelado a servidora pública Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, de 40 anos, em uma briga de trânsito, no Lago Sul. O crime foi gravado por câmeras de segurança.
Quando foi preso, Paulo acabou levado à sala de Estado-Maior, destinada a advogados e policiais, no 19º Batalhão da PM, também na Papuda. No entanto, após a repercussão do caso, a Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF) suspendeu o direito de Paulo de exercer a profissão, por 90 dias.
Com a medida, ele perdeu a possibilidade de permanecer na cela especial e chegou a ser transferido para uma comum. Porém, dois dias depois, em 5 de setembro, a desembargadora Ana Maria Duarte concedeu habeas corpus para que ele ficasse na sala de Estado-Maior .
Nesta quinta, o TJDFT derrubou a ordem da magistrada e determinou que Paulo permaneça em cela comum. A decisão afirma que, em razão dos protocolos de biossegurança para Covid-19, Paulo será submetido a quarentena preventiva no Centro de Detenção Provisória II, em local destinado a preso com nível superior, separado dos demais internos.
by: VANESSA DA COSTA