A dor da perda: 5 conselhos para lidar com ela

A dor da perda: 5 conselhos para lidar com ela

As perdas fazem parte da vida, e é preciso aprender a conviver com elas. O sofrimento nesse momento é natural, e vivê-lo é uma parte do processo de recuperação. No entanto, a dor da perda não deve impossibilitar a pessoa de continuar a viver e prosseguir com suas experiências. Para conseguirmos lidar com essa dor, precisamos desenvolver nossas habilidades socioemocionais.

Neste post, você aprenderá um pouco mais sobre essa questão e verá algumas maneiras saudáveis para enfrentar esse sofrimento. Acompanhe!

Por que as perdas causam tanta instabilidade emocional?

A experiência de perder algo que valorizamos ou alguém de quem gostamos é uma parte da vida da qual ninguém escapa. A perda tem muitos contornos e formas. Confira alguns, a seguir:

  • divórcio ou término de relacionamento;
  • problema de saúde;
  • demissão;
  • instabilidade financeira;
  • aborto espontâneo;
  • aposentadoria;
  • morte de um ente querido;
  • morte de um animal de estimação;
  • sonho não realizado;
  • perda de uma amizade;
  • insegurança após um trauma;
  • venda da casa da família.

Essas e muitas outras são situações que certamente viveremos em algum momento.

A perda é um sentimento que aflora de muitas maneiras, por isso, naturalmente resulta em uma instabilidade emocional que, se não for superada, pode gerar desordens mentais sérias, doenças psicossomáticas e até levar ao suicídio.

A dificuldade de lidar com a perda é uma questão tão delicada que algumas pessoas até mesmo desenvolvem fobias e obsessões sem que nada lhes tenha acontecido, como a tanatofobia (medo da morte ou de morrer) e a aversão a perdas materiais (quando a dor da perda de um objeto de valor é muito maior que o sentimento de ganhar).

Fugir da dor da perda ou subestimá-la não é o melhor caminho. Embora não haja como sofrer sem dor, existem formas saudáveis ​​de sofrer, que permitem que você siga em frente de maneira construtiva — o que nos leva ao próximo tópico deste artigo.

Como a gestão da emoção ajuda a superar a dor da perda?

Quando uma perda acontece, aprender a lidar com a dor é essencial para nos recuperarmos. Ao perdermos algo ou alguém, existe o processo natural do luto, que envolve pelo menos 5 estágios:

  • negação e isolamento;
  • raiva;
  • barganha ou negociação;
  • depressão;
  • aceitação.

Vivenciar essas fases plenamente permite que identifiquemos o que estamos sentindo, mas o luto é um processo que nem sempre flui de maneira positiva, tampouco é fácil. Desenvolver habilidades socioemocionais nos permite gerenciar melhor nossos pensamentos e sentimentos enlutados, para que possamos transcender a dor da perda e seguir rumo a uma nova etapa, com o retorno gradativo da alegria e da estabilidade emocional.

Todas as áreas de nossa vida ― a qualquer época ― respondem às nossas emoções. No caso do luto, gerenciá-las não significa isolar os sentimentos, mas, sim, fazer nossa mente compreender cada fase e nos impulsionar para uma postura positiva. Algo como deixar os pensamentos e sentimentos fluírem a seu tempo pelas águas do rio da vida.

Além de ser uma jornada de autoconhecimento e autopercepção, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais coopera com a criação de ferramentas para reconhecermos cada estágio do luto e suas reações.

Assim, como diz o psiquiatra e escritor Augusto Cury, isso nos leva a “retomar as rédeas do nosso destino”, até mesmo para percebermos que talvez não damos conta de viver essas etapas sozinhos, tornando necessária a ajuda de um profissional, como psicoterapeuta ou psiquiatra.

O que fazer para amenizar a dor da perda?

Agora que você compreende o que significa o processo de luto e a importância das habilidades para superar a dor da perda, separamos 5 conselhos práticos para você utilizar em seu processo. Dê uma olhada.

Aceite seus sentimentos

Enfrentar a perda não é negá-la. É preciso aceitar os sentimentos, a frustração e o vazio que estão envolvidos. Se sentir tristeza, não tenha medo de chorar. Tente observar suas emoções e geri-las em vez de descontar suas frustrações nas pessoas ao seu redor.

Busque dialogar com boas influências

Guardar tudo para si pode provocar muita angústia e sofrimento. Além disso, estando sozinho e vulnerável, sua avaliação da realidade pode ser muito afetada: você corre o risco de se entregar a pensamentos muito pessimistas e não conseguir sair do estado de tristeza.

Para evitar esse tipo de problema, experimente conversar com alguém de confiança, com quem você se sinta confortável para desabafar. Pode ser um amigo próximo, um familiar ou mesmo um terapeuta. Desabafar sempre ajuda a aliviar a dor, pois permite que os sentimentos sejam elaborados e compreendidos.

Pratique atividades prazerosas

Escrever, fazer artesanato, pintar ou praticar esportes: são várias as atividades que você pode realizar para canalizar seus sentimentos e se sentir produtivo. Concluir tarefas é fundamental para se distrair e pensar menos na dor da perda, pois a satisfação de fazer algo por nós mesmos ajuda a lidar com a sensação de vazio.

Trabalhar com plantas ou animais também pode ser uma boa ideia. O importante é investir em uma tarefa que seja prazerosa, mas que ocupe sua mente e evite que você alimente pensamentos de dor.

Coloque razão na emoção

Após aceitar os sentimentos e vivenciá-los de forma saudável, é preciso desenvolver um pensamento mais racional. Isso significa, principalmente, evitar idealizar o que foi perdido.

Uma morte, uma separação, uma perda de emprego, uma mudança de fase na vida: lembre-se de que nada é perfeito. Nessa etapa, o importante não é hostilizar o que foi perdido, mas se conscientizar de que tudo tem um lado saudável e outro não saudável. Valorize o lado bom do que se foi, mas esteja consciente das dificuldades do que foi perdido.

Busque o autoconhecimento

É fundamental ter momentos de reflexão para integrar a perda e perceber que o sofrimento traz aprendizados importantes. Esse é o momento de reavaliar valores, deixar de dar importância para algumas coisas e passar a se preocupar com outras, mais essenciais. Também é hora de se questionar sobre o que fazer a partir de agora, com essa nova realidade.

Direcione mais as suas questões para o futuro e menos para o passado. Com o tempo e as estratégias certas, a dor da perda dará lugar a sentimentos de aceitação.

 

by: VANESSA DA COSTA

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