MPF pede providências sobre manifestações em frente ao QG do Exército em Brasília
Em ofício, o Ministério Público Federal pediu providências imediatas das autoridades sobre manifestações registradas em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. O ato pede golpe militar, e os protestantes afirmam não aceitar o resultado das eleições.
O ofício foi encaminhado na última quinta-feira (10) ao ministro da Defesa, ao comandante do Exército, ao secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ao diretor do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF).
“Os protestos impugnam o resultado das eleições e incitam animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais”, diz texto divulgado pelo órgão. Para o MPF, as condutas dos manifestantes podem configurar crime, uma vez que “tentam depor um governo legitimamente constituído e, sob esses moldes, não devem ser admitidos”.
Na visão do órgão, as manifestações em frente ao quartel do Exército representam risco potencial de desencadear crise nas estruturas do Estado democrático de Direito. O MPF alega ainda que têm o “nítido propósito” de desestabilizar as instituições e se revestem de conduta criminosa.
Os órgãos devem, em cinco dias, informar as medidas que vêm adotando diante das manifestações. Os documentos são assinados pelas procuradoras Luciana Loureiro e Marcia Zollinger e pedem, ainda, o encaminhamento de dados que identifiquem as pessoas que promovem ou oferecem apoio financeiro ou logístico para os atos.