Ibaneis Rocha entrega celular à Polícia Federal
A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), entregou, na tarde desta segunda-feira (23), o celular do mandatário à Polícia Federal.
A entrega já havia sido antecipada pelos advogados no último sábado (21), um dia após a busca e apreensão feita em endereços ligados ao governador. “Segundo a defesa, o Governador estava fora de Brasília por ocasião da busca em sua residência, mas faz questão de que o seu telefone seja periciado, pois, como já dito, ele não tem nada a esconder e é o maior interessado na plena apuração dos fatos”, diz a nota.
A busca e apreensão foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra Ibaneis e o ex-secretário-executivo de Segurança do DF, Fernando Oliveira.
Dos cinco endereços, três são ligados ao governador, sendo a casa dele, o Palácio do Buriti e um escritório de advocacia ligado à Ibaneis. O mandatário não estava no momento das buscas, já que havia viajado para sua fazenda.
Ibaneis e Oliveira são investigados pela conduta adotada nos atos terroristas. No segundo domingo do ano, um grupo de contrários ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Na data, o ex-secretário-executivo era o responsável pela ordem e segurança da capital, já que o ex-secretário de Segurança e ex-ministro da Justiça Anderson Torres estava de férias. Ainda que não estivesse na capital, Torres também foi responsabilizado e está preso por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Ibaneis está afastado do cargo por 90 dias por decisão de Moraes. Atualmente, a vice Celina Leão (PP) é a governadora em exercício da capital.
Nas redes sociais, após a finalização da última parte da operação, Ibaneis afirmou que, com as buscas, ficará comprovado a sua completa inocência em relação aos atos antidemocráticos ocorridos no último dia 8. “A operação realizada em minha casa, no meu gabinete e até no escritório do qual estou licenciado há mais de 4 anos vai mostrar minha completa inocência em relação aos lamentáveis fatos do último dia 8 de janeiro”, escreveu.