Semana quente e seca deve marcar fim do inverno no DF
A última semana de inverno no Distrito Federal deve continuar quente e seca. Com a chegada da primavera no próximo sábado (23), a expectativa é que as temperaturas ultrapassem facilmente os 30°C nos próximos dias, com alta possibilidade de um novo recorde de calor, acima dos 34°C registrados na última quarta-feira (13). Ontem os termômetros marcaram 33,7°C na capital, valores que devem se repetir ao longo desta semana.
De acordo com o meteorologista Olívio Bahia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a primavera marca o segundo equinócio do ano, que é o maior alinhamento do sol à linha do equador. “Com essa descida do sol, é um período com muita radiação solar, porque costuma ter poucas nuvens, não há tanto vapor de água na atmosfera para ajudar a formar nuvens, então o céu fica aberto. Isso ajuda a manter as temperaturas elevadas”, afirmou.
A falta de nuvens e de água na atmosfera também significa dias com menor umidade relativa do ar. A expectativa, segundo a meteorologia, é que as variações aconteçam entre 30% e 20%, sendo importante, portanto, a maior ingestão de água e a menor exposição possível ao sol nas horas mais quentes do dia, sem grandes esforços com atividades físicas. Também é recomendado o uso de protetor solar.
Nesta última estação, o brasiliense não conseguiu aproveitar o inverno como nos anos anteriores. Segundo Olívio, houve baixa incidência de frentes frias chegando à capital neste inverno, o que deu a sensação de um período de calor mais estendido. “As manhãs e noites estavam mais frescas, mas durante o dia o calor predominou”, analisou o meteorologista. As causas para a pouca incidência das frentes frias no DF ainda não são claras para os especialistas.
Os ventos devem ajudar a aliviar a sensação térmica de calor ao longo dos próximos dias, mas não significa que o tempo está ameno. A falta de nuvens, por outro lado, deve permanecer até pelo menos a segunda semana de outubro, caso não ocorra nenhum outro fenômeno meteorológico.
As queimadas permanecem como sério risco à saúde humana, vegetal e animal no DF. Com o clima mais quente e seco, além da ação do vento, as chamas podem se alastrar mais facilmente. “Mas vale lembrar que o fogo não começa do nada. Sempre tem uma ação humana por trás. Então é preciso reforçar para evitar a queima de terrenos, de lixo e o descarte de bitucas de cigarro no mato”, finalizou o especialista do Inmet.